Inverno
Dydha Lyra
De onde vem
este repentino inverno
que ora invade
minh'alma,
acinzentando
meu céu interior
com densas nuvens
de lembranças?
Esta chuva, movediça,
escorrendo pela vidraça,
este repentino inverno
que ora invade
minh'alma,
acinzentando
meu céu interior
com densas nuvens
de lembranças?
Esta chuva, movediça,
escorrendo pela vidraça,
desenha, aleatoriamente,
silhuetas
nômades
vagando por
destinos ignotos,
esboçados tão somente
no mapa egocêntrico do querer,
que conduz a um caminho
íngreme e umbroso,
cuja descolorada
sinalização indica:
dobre a esquerda,
rua solidão;
agora, siga em frente,
parada obrigatória:
o coração.
silhuetas
nômades
vagando por
destinos ignotos,
esboçados tão somente
no mapa egocêntrico do querer,
que conduz a um caminho
íngreme e umbroso,
cuja descolorada
sinalização indica:
dobre a esquerda,
rua solidão;
agora, siga em frente,
parada obrigatória:
o coração.
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