"Inapelavelmente, há que se valorizar a palavra, na sua mais elementar forma, como na essência da perfeição do seu significado. Revigorá-la é um imperativo. Com o júbilo da coragem e do amor.
A palavra emerge. Viva. Desentranhada dos pensares de quem faz poesia. (Cavalcanti Barros)

"A poesia é a música da alma e, sobretudo, de almas grandes e sentimentais". (Voltaire)

"A poesia está mais próxima da verdade vital do que a história". (Platão)

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Ilusões de amor

Valderez de Barros




A emoção, num sonho,
Veio brincar com meu coração,
Fantasiando momentos desejados,
Trazendo-me o cheiro gostoso do teu corpo,
Do amor pedindo pra ser saciado.

A emoção veio e me enganou,
Quando, na ilusão de estar contigo,
Perdi-me por instantes de mim,
Envolvendo-me em ardentes carícias,
No meu alucinado sonho de amor.

E de repente, voltei à realidade...
Sozinha, amargando frustrações,
Encolhendo meu corpo,
Abraçando-me, soluçando,
No amargor de estar só.


Copyright © set/2010 by Valderez de Barros
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segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Ode ao vinho

Lou Correia






Seja ele branco, rosé , ou tinto,
ao degustá-lo, o faço com prazer,
entorpece minhas ausências, sinto
libertar-me desse louco sofrer.

A taça de cabernet sauvignon,
canção ecoa em peito tão doído,
nos acordes de um bandoneón
embriagam meu coração sofrido.

O vinho é, pois, mágica bebida
que degusto, sim, pelas madrugadas,
afugentado dores de minh’alma.

Nesta ode ao vinho, um brinde à vida!
Apraz-me o seco, uvas maceradas,
d’um bouquet saboroso que me acalma.


Copyright © 2010 by Lou Correia
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quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Pobre menina triste


Musa do amor, estátua seminua,
Não consegue esconder o sofrimento,
A cada olhar, su’alma se extenua,
Envolta em tormento e em lamento.

Se oferecendo no salão festivo,
Ao primeiro freguês a cortejá-la,
Quer esquivar-se desse amor furtivo,
Mas o tirano passa a dominá-la.

Sem sentir, envelhece pouco a pouco,
Entregue aos caprichos desse louco,
Carrega vida afora a sua sina.

E assim vai vivendo, amargurada,
Nas esquinas da vida, assustada,
Pois, no, fundo, é apenas uma menina.

Copyright © 2010 by Arlene Miranda
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sábado, 2 de outubro de 2010

Altar azul

José Alberto Costa


Santuário Dom Bosco - Brasília DF / Photo By Lou Correia

O azul do santuário
só nos leva a meditar
um convite pra orar
a qualquer hora do dia,
esquecer tudo lá fora:
a ganância, a violência,
rezar e pedir clemência
à nossa Virgem Maria.

Copyright © 2010 by José Alberto Costa
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