"Inapelavelmente, há que se valorizar a palavra, na sua mais elementar forma, como na essência da perfeição do seu significado. Revigorá-la é um imperativo. Com o júbilo da coragem e do amor.
A palavra emerge. Viva. Desentranhada dos pensares de quem faz poesia. (Cavalcanti Barros)

"A poesia é a música da alma e, sobretudo, de almas grandes e sentimentais". (Voltaire)

"A poesia está mais próxima da verdade vital do que a história". (Platão)

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Pobre menina triste


Musa do amor, estátua seminua,
Não consegue esconder o sofrimento,
A cada olhar, su’alma se extenua,
Envolta em tormento e em lamento.

Se oferecendo no salão festivo,
Ao primeiro freguês a cortejá-la,
Quer esquivar-se desse amor furtivo,
Mas o tirano passa a dominá-la.

Sem sentir, envelhece pouco a pouco,
Entregue aos caprichos desse louco,
Carrega vida afora a sua sina.

E assim vai vivendo, amargurada,
Nas esquinas da vida, assustada,
Pois, no, fundo, é apenas uma menina.

Copyright © 2010 by Arlene Miranda
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