"Inapelavelmente, há que se valorizar a palavra, na sua mais elementar forma, como na essência da perfeição do seu significado. Revigorá-la é um imperativo. Com o júbilo da coragem e do amor.
A palavra emerge. Viva. Desentranhada dos pensares de quem faz poesia. (Cavalcanti Barros)

"A poesia é a música da alma e, sobretudo, de almas grandes e sentimentais". (Voltaire)

"A poesia está mais próxima da verdade vital do que a história". (Platão)

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Aquarela

Dydha Lyra


O caos interior, silenciosamente,
denuncia: acabou.
No colo,
os bilros do destino jogados,
rapidamente, sobre a almofada da vida,
pontilhada, sem arremates,
sangram sobre o linho e suas tramas.

O sonho e nós, distantes e tristes,
somos o desenho que persiste
da doce ilusão do querer.

Num vazio imenso,
descolorimos nossas vidas,
qual aquarela à luz contínua,
esmaecendo as cores,
(que juntos escolhemos um dia)
sem desamor, mágoa ou dissabores!

Copyright © 2012 by Dydha Lyra
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sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Sob o signo da sensualidade

Emanuel Galvão


Eu sou do signo de escorpião
E sei que sou regida pela lua*
Sou de fases
Que digam os rapazes
Pensem os homens
Esses mesmos que por vezes
Permito que me amem
Mas, que sempre me consomem.
E os que em sonhos me possuem
Submissa e nua
Aviso
Eu sou de fases
Regida pela lua*...

Hei moço!
Esse suor que você bebe tem veneno
É impossível ir ao fundo do meu corpo
Sem se afogar nesse corpo moreno

Sou do signo de escorpião
Dentre todos o mais sensual
O frisson que sentes
Quando passo, não é casual.
É impossível amar-me e não
Cravar os dentes
Pois no homem desperto sempre
O instinto animal

Freud já dizia
- São várias as mulheres
que nos relacionamos
estando com uma apenas –
Não seria diferente com as morenas
Essas do signo do escorpião.
Que morrem de amor
E matam de paixão.

Copyright © 2007 by Emanuel Galvão
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