"Inapelavelmente, há que se valorizar a palavra, na sua mais elementar forma, como na essência da perfeição do seu significado. Revigorá-la é um imperativo. Com o júbilo da coragem e do amor.
A palavra emerge. Viva. Desentranhada dos pensares de quem faz poesia. (Cavalcanti Barros)

"A poesia é a música da alma e, sobretudo, de almas grandes e sentimentais". (Voltaire)

"A poesia está mais próxima da verdade vital do que a história". (Platão)

sexta-feira, 8 de maio de 2009

Outono

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As folhas mortas caem no leito santo,
Trazidas pelo vento em alvoroço.
No silêncio da noite, o negro manto
Pincela a vida e tece o seu esboço.
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A renda do horizonte, a balançar,
Encerra a madrugada que seduz.
O outono à noitinha vem beijar
O divinal instante, cheio de luz.
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São luzes do crepúsculo dourado,
Bordando o horizonte de brocado
E o céu azul de puro esplendor.
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No fadário em que vive o meu penar,
Sinto a vida que grita e quer entrar
No sacrário em que guardo o meu amor.

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Copyright © 2009 By Arlene Miranda
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