"Inapelavelmente, há que se valorizar a palavra, na sua mais elementar forma, como na essência da perfeição do seu significado. Revigorá-la é um imperativo. Com o júbilo da coragem e do amor.
A palavra emerge. Viva. Desentranhada dos pensares de quem faz poesia. (Cavalcanti Barros)

"A poesia é a música da alma e, sobretudo, de almas grandes e sentimentais". (Voltaire)

"A poesia está mais próxima da verdade vital do que a história". (Platão)

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

A morte da árvore

José Alberto Costa




Em noite de verão
a árvore tombou,
agonizou,
morreu sozinha,
silenciosamente,
deixando a paisagem urbana
mais deserta.

A lua cheia,
Impassível,
olhava tudo,
acompanhando
a agonia daquela
que foi sombra,
foi abrigo,
chegando ao fim
sem lamentos,
sem culpas.
Noite seguinte,
a lua enternecida,
olhava
a rua mais vazia ainda.


Copyright © 2010 by José Alberto Costa
All rights reserved.

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Lamento de quem ama

Arlene Miranda






Guardo de ti, perdida, uma saudade
De teus olhos, por certo, não esqueço.
Esta distância é mais que infinidade,
É u’a dor que por certo não mereço.

Que voltarás, eu sei, hás de voltar,
A procurar o afago dos meus braços.
Um abrigo, na certa, hás de encontrar:
Aconchego e carinho em meu regaço.

Todo esse tempo que julguei perdido,
Na esperança de um amor dorido,
É chama que aquece o peito amante.

O verso triste que minha voz declama,
É o lamento sofrido de quem ama,
Grito de alguém que espera a todo instante.



Copyright © 2010 by Arlene Miranda
All rights reserved.