"Inapelavelmente, há que se valorizar a palavra, na sua mais elementar forma, como na essência da perfeição do seu significado. Revigorá-la é um imperativo. Com o júbilo da coragem e do amor.
A palavra emerge. Viva. Desentranhada dos pensares de quem faz poesia. (Cavalcanti Barros)

"A poesia é a música da alma e, sobretudo, de almas grandes e sentimentais". (Voltaire)

"A poesia está mais próxima da verdade vital do que a história". (Platão)

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

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Folha morta

José Alberto Costa
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Recendia a mofo
a sala recém-aberta.
O cheiro antigo,
parado no ar,
trazia lembranças
de momentos vividos,
de pessoas e coisas
que se foram
na inexorabilidade
do tempo.
A porta aberta projetou
um raio de luz
sobre um carcomido piano
onde uma folha amarelecida
jazia sobre o teclado morto,
na placidez da tarde morna.
.
Um silêncio eloquente
contava a história
das gentes alegres
que por ali passaram
e deram vida
àquele ambiente
em épocas passadas.
Pedaços de vidas
congelados no tempo.
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