"Inapelavelmente, há que se valorizar a palavra, na sua mais elementar forma, como na essência da perfeição do seu significado. Revigorá-la é um imperativo. Com o júbilo da coragem e do amor.
A palavra emerge. Viva. Desentranhada dos pensares de quem faz poesia. (Cavalcanti Barros)

"A poesia é a música da alma e, sobretudo, de almas grandes e sentimentais". (Voltaire)

"A poesia está mais próxima da verdade vital do que a história". (Platão)

sábado, 9 de março de 2013

Vagando na madrugada

Arlene Miranda


Por estas ruas percorreram um dia
Os desenganos de um desesperado.
Rasgando a noite, de amargor sofria,
Um coração, de dor, dilacerado.

Rasgava-se de amor o próprio peito,
Alma perdida, envolta em dor latente.
Sem aceitar o grande amor desfeito,
Vagava igual a um pobre ser demente.

A lua, ao sumir, deixara a bruma,
Pouca coisa se via na penumbra,
No ar, dançava um cheiro de jasmim.

A fria madrugada silenciosa,
Trazia em si o cheiro de uma rosa:
Nunca sentira uma saudade assim.


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