Arlene Miranda
Por estas ruas percorreram um dia
Os desenganos de um desesperado.
Rasgando a noite, de amargor sofria,
Um coração, de dor, dilacerado.
Rasgava-se de amor o próprio peito,
Alma perdida, envolta em dor latente.
Sem aceitar o grande amor desfeito,
Vagava igual a um pobre ser demente.
A lua, ao sumir, deixara a bruma,
Pouca coisa se via na penumbra,
No ar, dançava um cheiro de jasmim.
A fria madrugada silenciosa,
Trazia em si o cheiro de uma rosa:
Nunca sentira uma saudade assim.
Copyright © 2010 by Arlene Miranda
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