"Inapelavelmente, há que se valorizar a palavra, na sua mais elementar forma, como na essência da perfeição do seu significado. Revigorá-la é um imperativo. Com o júbilo da coragem e do amor.
A palavra emerge. Viva. Desentranhada dos pensares de quem faz poesia. (Cavalcanti Barros)

"A poesia é a música da alma e, sobretudo, de almas grandes e sentimentais". (Voltaire)

"A poesia está mais próxima da verdade vital do que a história". (Platão)

sexta-feira, 24 de maio de 2013

Contemplando a lua

Arlene Miranda



Noite calma, sombria, extasiante,
Derramando o silêncio no telhado.
Já não se ouve o sopro arquejante
Do vento sibilando, inebriado.

Dorme tranquila a noite na esquina,
E o velho cão latindo, assustado,
Lamenta a calma noite que se finda,
Vagando pela rua, abandonado.

Por trás da nuvem, um céu ensanguentado
Esvai-se em saudade e solidão.
Surgem fantasmas em pleno descampado.

Oh, calma nuvem em que o luar flutua,
E segue derramando o seu clarão,
Sentindo a noite e contemplando a rua.


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Um comentário:

Valderez de Barros disse...

Parabéns, minha querida amiga Arlene, pelo belíssimo soneto, e, principalmente, pelo teu níver.Que tua alma continue plena de luz, poesia, amor e doçura, para a felicidade e alegria de nós, que te amamos.
Feliz aniversário!!! Mil beijos de carinho!!!