"Inapelavelmente, há que se valorizar a palavra, na sua mais elementar forma, como na essência da perfeição do seu significado. Revigorá-la é um imperativo. Com o júbilo da coragem e do amor.
A palavra emerge. Viva. Desentranhada dos pensares de quem faz poesia. (Cavalcanti Barros)

"A poesia é a música da alma e, sobretudo, de almas grandes e sentimentais". (Voltaire)

"A poesia está mais próxima da verdade vital do que a história". (Platão)

sábado, 20 de dezembro de 2008

Sob a neve...

Lou Correia in Minneapolis - MN, USA

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e a neve chega...
aos poucos vai enchendo de misterio
a rua, o caminho, minha'alma
e todo esse universo de uma brancura infinita, bela, gelada...
paradoxalmente aquecedora,
assim...como a luz que refletem os olhos teus...!!!
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Copyright © 2008 By Lou Correia
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quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

Rio Canhoto


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Traz o entardecer as mesmas luzes,
as mesmas cores, os mesmos cheiros
e esse rio-menino, buliçoso, inquieto, dentro de mim.
Lavo e estendo lembranças
no varal da memória quase adormecida.
No leito morno
banho meus primeiros dias,
enxáguo minha adolescência
e com ela uma indecência:
as meninas nuinhas que, escondido, via.
Me fiz grande, parti,
vi o oceano tão belo e imponente
e dentro dele tu, tão ternamente,
levando os instantes,
os dias
que em ti docemente vivi.
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Copyright © out/2008 By Dydha Lyra

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quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

Mentiras

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Meses inteiros afaguei
docemente tuas lembranças,
escondi teu nome na garganta
te adorei, te quis.
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Mentias
teu velho passado.
Hoje, triste,
julgo que teus lábios,
não conjugavam com teus olhos.
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E agora?
O que faço com meu coração
retalhado de saudades,
com as tuas cartas e os nossos segredos?

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Para que ninguém nos condene
coloquei um cadeado
no meu coração e nos meus lábios.
A chave? Joguei-a no mar.
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Copyright © out/2008 By Lys Carvalho
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domingo, 30 de novembro de 2008

Nossa Ternura


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A cálida voz ao telefone soa,
Mensageira de amor, alma liberta,
Alegre a me buscar, ave que voa,
Entra feliz pela janela aberta.
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Manhã brilhante, a tua voz ouvindo,
Meu coração te escuta, enternecido.
– Quantos terão, na vida, amor infindo,
Como esse puro amor por nós vivido?
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Vem depressa pra dentro dos meus sonhos,
Pois sem ti sou um pobre remoinho,
Vagando por espaços tão medonhos.
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Mergulhada total nos meus desejos,
Meu afeto tem sede de carinho,
E meus lábios têm ânsia de teus beijos.

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Copyright © 2008 By Arlene Miranda
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sexta-feira, 21 de novembro de 2008

Noite alta...

Já é noite alta...
Na TV, um filme qualquer...
Tento me concentrar,
Mas meus olhos não enxergam
As cenas que ali se passam...
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Meus pensamentos se atropelam,
Ora lembrando momentos vividos,
Ora fantasiando
Momentos desejados...
.
E a noite se vai,
Trazendo a madrugada,
Que se arrasta lentamente,
Até o raiar do dia...
.
Esperançosa, volto a sentir
A vida latejando em meu peito,
Que se abre, na expectativa
De acolher um novo amor...
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Copyright © nov / 2008
By Valderez de Barros
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SILÊNCIO

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Na quietude outonal
do meu claustro interior
o silêncio ecoa
no mármore secular
de colunas imaginárias,
enchendo minh’alma
de doçura infinita,
trazendo a paz
sempre aguardada
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Ando sob a luz do sol,
sem perturbar
o sublime momento
reflexão/ternura.
Palavras ditas
com o coração
também ecoam
no meu silêncio interior
revelando verdades
desconhecidas.
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Copyright © 2008 By José Alberto Costa.
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sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Apenas uma saudade

Uma sombra de amor, perdida e calma,

A evolar-se em outonal desejo,

Foste tu a quimera de minh’alma,

Esplendente no ardor de um doce beijo.

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Sem poder caminhar no teu caminho,

Procurei novo alento em outra boca,

Ansiosa por beijos e carinho,

Sem esquecer nossa aventura louca.

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Hoje és, pra mim, somente uma saudade,

Doce carinho, no coração guardado,

Volúpia que vivi com intensidade...

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Foste ternura de um só momento,

Guardada nas lembranças do passado,

Sem rancor, sem tristeza e sem lamento.

Copyright © 2008 By Arlene Miranda

All rights reserved.



quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Quando escrevo...

Revelo-me,

Aprisiono minh’alma às palavras

E a desnudo...

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Exponho-me,

Com metáforas disfarço minha dor,

Na cadência melódica dos versos...

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Quando escrevo...

Revelo-me,

Exponho-me,

Sangro,

Vivo...!!!

Copyright © 2008 By Lou Correia

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