"Inapelavelmente, há que se valorizar a palavra, na sua mais elementar forma, como na essência da perfeição do seu significado. Revigorá-la é um imperativo. Com o júbilo da coragem e do amor.
A palavra emerge. Viva. Desentranhada dos pensares de quem faz poesia. (Cavalcanti Barros)

"A poesia é a música da alma e, sobretudo, de almas grandes e sentimentais". (Voltaire)

"A poesia está mais próxima da verdade vital do que a história". (Platão)

quarta-feira, 15 de outubro de 2008

Perdida no tempo


*

A saudade caminha, distraída,

Pelos campos de ervas desbastadas,

Tendo a me perseguir, alma perdida,

Os sonhos que deixei pelas quebradas.

*

Era tarde chuvosa, bem me lembro,

No anseio de um sonho, mergulhada,

Com amargura, tal amor relembro

Andando a mendigar pela estrada.

*

Continuo sozinha, endoidecida,

No peito a sufocar amargo grito,

Com tanto dissabor na triste vida...

*

Tantos poemas declamei, são tantos,

Tantos sonhos perdidos no infinito,

Sem ter ninguém para enxugar meus prantos.


Copyright © 2008 By Arlene Miranda

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