"Inapelavelmente, há que se valorizar a palavra, na sua mais elementar forma, como na essência da perfeição do seu significado. Revigorá-la é um imperativo. Com o júbilo da coragem e do amor.
A palavra emerge. Viva. Desentranhada dos pensares de quem faz poesia. (Cavalcanti Barros)

"A poesia é a música da alma e, sobretudo, de almas grandes e sentimentais". (Voltaire)

"A poesia está mais próxima da verdade vital do que a história". (Platão)

sexta-feira, 10 de abril de 2009

Grito II


Há um grito afinado,
na garganta parado.

Grito de dor,
de saudade,
de amor de verdade,
de jura eterna
que o tempo transforma
em laço invisível;
que enlaça o peito,
envolve,
envenena,
entorna a tempo
sucumbe a destempo.

Lá dentro,
onde o sentimento
cabe neste gesto mudo,
eu grito:
leva-me!
Eu quero ir agora.
Leva-me pra fora
da angústia vigente
latente em mim.
Angústia lasciva
brotando concisa,
na alma que exprime
e a fala reprime.

Eu quero ir embora!
Me leva ...agora!

E é assim, sempre...


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