Dydha Lyra
Essa solidão, das coisas e de mim,
me angustia.
Desde a falta das cordas para o violão,
ao papel amarelado sem palavras,
à compoteira sobre a mesa posta,
inusitada.
Ah, as ruas solitárias e suas sombras,
os portos à espera de navios,
as almofadas sem desenhos
e os bilros sem a rendeira!
Ah, sei lá!
Todas essas coisas,
essas besteiras
que povoam a vida,
que incendeiam o estático momento,
que norteiam o viver,
nas ações/reações.
São, assim,
sobremaneira:
o espaço tênue entre a luz e a sombra,
o vazio entre o copo e a bebida,
a proximidade entre a morte e a vida.
O odor,
a cor da rosa,
a pálida margarida.
Mãos postas sem oração,
o exílio dos loucos na solidão,
os laços que apertam o coração,
as saudades das pessoas queridas,
o corte, as partes divididas,
a inesperada rachadura na parede.
A busca, o encontro.
A dolorosa despedida,
que amordaça e cala
meu grito,
silenciando em mim
a própria vida!
me angustia.
Desde a falta das cordas para o violão,
ao papel amarelado sem palavras,
à compoteira sobre a mesa posta,
inusitada.
Ah, as ruas solitárias e suas sombras,
os portos à espera de navios,
as almofadas sem desenhos
e os bilros sem a rendeira!
Ah, sei lá!
Todas essas coisas,
essas besteiras
que povoam a vida,
que incendeiam o estático momento,
que norteiam o viver,
nas ações/reações.
São, assim,
sobremaneira:
o espaço tênue entre a luz e a sombra,
o vazio entre o copo e a bebida,
a proximidade entre a morte e a vida.
O odor,
a cor da rosa,
a pálida margarida.
Mãos postas sem oração,
o exílio dos loucos na solidão,
os laços que apertam o coração,
as saudades das pessoas queridas,
o corte, as partes divididas,
a inesperada rachadura na parede.
A busca, o encontro.
A dolorosa despedida,
que amordaça e cala
meu grito,
silenciando em mim
a própria vida!
Copyright © 2012 by Dydha Lyra
All rights reserved.
Mceió/12 outubro.