"Inapelavelmente, há que se valorizar a palavra, na sua mais elementar forma, como na essência da perfeição do seu significado. Revigorá-la é um imperativo. Com o júbilo da coragem e do amor.
A palavra emerge. Viva. Desentranhada dos pensares de quem faz poesia. (Cavalcanti Barros)

"A poesia é a música da alma e, sobretudo, de almas grandes e sentimentais". (Voltaire)

"A poesia está mais próxima da verdade vital do que a história". (Platão)

terça-feira, 25 de março de 2014

Bonito

Elizete Sartori


Bonito
é ver sua delicadeza
beijar minh’alma,
se em mim
anoitece.

Bonito
é ouvir, em minhas mãos,
a música das suas e 
adormecer.

Bonito
é  guardar seus abraços,
pra quando a noite chegar,
sentir na pele
o seu cheiro.

Bonito
é querer ficar
presa ao seu amanhecer,
pra nunca mais me perder!

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quinta-feira, 13 de março de 2014

Meus olhos

Dydha Lyra



Velho espelho do banheiro azul,
olhos de maturidade e medo,
agora licenciam (sem segredos)
ilusões pousadas sobre mim.
Pesa, sobremaneira, o olhar
pro mundo caótico interior,
e quedam-se as lembranças
a perguntarem: por onde andei,
o que fiz, onde estou, por que sou,
se grito,
no silêncio da ofegante oração rouca,
rogando à minha consciência
um equilíbrio esmerado de reflexão.
Oh, árido chão estéril,
a quem chamamos,
inutilmente, vida,
grita minh’alma angustiada,
por ruas, esquinas, becos, avenidas,
perdida num trânsito repleto de dor
e despedida!


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sexta-feira, 7 de março de 2014

Não sei

Lys Carvalho



Não sei se é saudade.
Não sei se é amor.
Não sei se é paixão.
Sei que, 
diante de tua ausência,
meu peito fica vazio,
meu coração bate fraco,
minhas pernas enfraquecem,
meus olhos adormecem,
para que eu não veja o tempo passar.
Nesse vazio, a solidão arrebata 
minha alma, traz lembranças vivas 
da minha memória de ontem.



Copyright © 2013 by Lys Carvalho

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quinta-feira, 6 de março de 2014

Meu amanhã

Valderez de Barros


Na noite fria
Do inverno de minh'alma,
Procuro a verdade do meu amanhã...
Um amanhã que às vezes me agita,
Me enche de ansiedade,
De energia para seguir adiante...

Mas, vez em quando,
Esse duvidoso amanhã me diz
Que vivo uma esperança vã,
Que ele não virá mais para mim...

E me vejo num hoje
Sem sonhos,
Sem cor...
Sem ti.


Copyright © 2012 by Valderez de Barros
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