"Inapelavelmente, há que se valorizar a palavra, na sua mais elementar forma, como na essência da perfeição do seu significado. Revigorá-la é um imperativo. Com o júbilo da coragem e do amor.
A palavra emerge. Viva. Desentranhada dos pensares de quem faz poesia. (Cavalcanti Barros)

"A poesia é a música da alma e, sobretudo, de almas grandes e sentimentais". (Voltaire)

"A poesia está mais próxima da verdade vital do que a história". (Platão)

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Paradoxo


Devaneios, solidão,
silêncios, noites frias.
Analogia.
Fecho em copas o meu amor
e disfarço toda a dor,
cinzenta, paradoxal.
Com princípio, mas sem fim,
intemporal.

Copyright © 2009 by Sandredy Marzo
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terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Lamentos da Terceira Idade


Tenho muitos lamentos nesta vida
das mazelas que aturo todo dia,
enxaqueca, mouquice, nevralgia,
reumatismo, cabeça enfraquecida,
dor nas costas, a perna adormecida,
falta de ar, fraqueza do pulmão,
só se salva o meu pobre coração
mesmo assim, afogado na saudade,
Se eu pudesse comprava a mocidade
nem que fosse pagando a prestação.
.
Depois de revelar minhas mazelas
de contar meus segredos de saúde

acredite, eu choro a juventude,
uma fase de vida das mais belas,
que vivi na esbórnia, sem cautelas,
com bebida, cigarro e diversão,
sem saber que vivia um turbilhão
de emoções, alegria e falsidade,
Se eu pudesse comprava a mocidade
nem que fosse pagando a prestação.

Versos em decassílabos sobre um mote enviado por um amigo.
.

Copyright © 2009 by José Alberto Costa
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.Clique no link abaixo e veja esses versos declamados por Paulo Poeta, apresentador do programa "Alagoas Arte e Cultura"


http://www.youtube.com/watch?v=9gE6D-3Bdu4

Alma carente


O mel que vem dos teus beijos
me faz sentir o sabor do amor..

Tu és minha razão poética!
Minhas manhãs não teriam calor
sem teus beijos doces.

Tua presença simboliza
um coração latente de emoções que,
efervescente de paixão,
me enlouquece e aquece.
Minha alma carente deixa-me assim:
frágil, doce, sensível e com desejos.
Dá-me o teu amor!
Copyright ©2009 by Lys Carvalho
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sábado, 5 de dezembro de 2009

Caminhos


Conheço bem esta cor diferente,
este brilho novo em meu olhar.
Mais uma vez, igual a tanta gente,
lutarei para não me apaixonar.

Você me desperta admiração,
com essa energia que me enriquece.
Há anos-luz, vivo na solidão
a dor de ser só, que não me esquece.

Nos caminhos do bem-querer, eu penso:
quem sabe...se renascem novas flores,
seu carisma abrirá meu coração.

Sigamos, então, terno amor imenso,
criemos atalhos livres, sem dores,
cumplicidade sutil da emoção!


Copyright ©2009 by Lou Correia
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Amanhecer



Tudo é silêncio. Dorme a madrugada,
Vem devagar o dia clareando,
Ainda há no céu, avermelhada,
A luz que, aos poucos, vai se apagando.

Lá longe, no infinito rompe a aurora,
Trazendo brilho ao instante derradeiro.
A vida refloresce em boa hora,
À luz do sol dourado, sobranceiro.

Acorda, meu amor, raiou o dia,
O sol clareia, cheio de alegria,
Embalado por flauta e por clarim.

O rouxinol gorjeia, alvissareiro,
E eu imagino: pelo mundo inteiro,
Quantos queriam um despertar assim!

Copyright 2009 by Arlene Miranda
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quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Ainda te amo



Se quiseres saber se ainda te amo,
Perguntes aos passarinhos que brincam
Na mangueira do meu quintal!
Eles cantam comigo melodias
Que embalam lembranças
Dos dias em que nos amávamos,
Ao compasso dos seus gorjeios,
Que acompanhavam a beleza daquele amor
Que era tão lindo, tão puro!
.
Se quiseres saber
Da falta que me fazes,
Da tristeza que me oprime o peito,
Perguntes ao orvalho
Que se mistura às minhas lágrimas
E embebe de agonia minh'alma,
Inundando meu rosto,
Derramando-se, gélido, em meu coração,
Quando abraço a saudade, nas noites frias
Em que te procuro em vão!
.

Copyright © 2009 by Valderez de Barros
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segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Eu e meu espelho


Guarda-me em ti, meu espelho.
E não me mostres mais a ninguém,
ninguém...
.

Deixa a longitude dos dias
separar meus sonhos,
desejos , agonias...
para que só em ti,
afague o tempo minh’alma sulcada,
nas fendas adormecidas da razão.
.

E meu coração,
ah, meu coração,
persevere jovem, magnânimo, altivo!
.

E quando assim me olhares,
eu...cabisbaixo,
taciturno e comovido,
saberei que me guardaste,
deste-me, por fim,
um abrigo!

Copyright©2009 by Dydha Lyra
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