Devaneios, solidão,
silêncios, noites frias.
Analogia.
Fecho em copas o meu amor
e disfarço toda a dor,
cinzenta, paradoxal.
Com princípio, mas sem fim,
intemporal.
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Guarda-me em ti, meu espelho.
E não me mostres mais a ninguém,
ninguém...
.
Deixa a longitude dos dias
separar meus sonhos,
desejos , agonias...
para que só em ti,
afague o tempo minh’alma sulcada,
nas fendas adormecidas da razão.
.
E meu coração,
ah, meu coração,
persevere jovem, magnânimo, altivo!
.
E quando assim me olhares,
eu...cabisbaixo,
taciturno e comovido,
saberei que me guardaste,
deste-me, por fim,
um abrigo!
Copyright©2009 by Dydha Lyra
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