Dydha Lyra
Teu corpo adormece
na morosa languidez da carne...
E te vejo assim,
no desalinho de lençóis azuis
que acarinham e encobrem
teu ventre de pucela desnuda!
Ah, como te gosto,
como te quero!
Roubarei, com delicadeza e prazer
para que não despertes,
essa luz que se inclina sobre ti,
sem precisar sequer
fragmentar o moribundo
entardecer que já se debruça,
depois de assoalhado
na janela da paixão...
Imaculado de ânsias incontidas,
o silêncio se quebra
no fremir dos lábios que se encontram...
Línguas mornas, ofegantes,
inquietas e antropofágicas
bailam com frenesi no céu de tua boca,
no gran finale
da sinfonia
carnal do desejo!
Copyright © 2010 by Dydha Lyra
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