Cavalcanti Barros
Num álbum de sonetos vi pedaços,
pedaços bem diversos de outras vidas.
Vi almas suspirando doloridas,
e de amarguras vi profundos traços.
Em cada página encontrei, esparsos,
doridos corações, almas doridas,
amor, paixão, saudades incontidas,
anseios, beijos, dor, sonhos e abraços.
E nessa singular promiscuidade,
senti, silente, a dor duma saudade.
Outras dores iguais também senti,
Como se fosse um espelho desta vida,
eu vi minh'alma, inteira, refletida
naqueles versos que em suspiros li.
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Um comentário:
Meu querido amigo e grande poeta, não escrevo aqui pelo Movimento da Palavra, mas por mim, para dizer da minha alegria em ver postado no nosso blog esta preciosidade que é o "Flor de Larajeira", um dos sonetos mais lindos que você já escreveu. Aliás, o meu preferido. É bonito demais. Um grande abraço de sua amiga/irmã Arlene.
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