"Inapelavelmente, há que se valorizar a palavra, na sua mais elementar forma, como na essência da perfeição do seu significado. Revigorá-la é um imperativo. Com o júbilo da coragem e do amor.
A palavra emerge. Viva. Desentranhada dos pensares de quem faz poesia. (Cavalcanti Barros)

"A poesia é a música da alma e, sobretudo, de almas grandes e sentimentais". (Voltaire)

"A poesia está mais próxima da verdade vital do que a história". (Platão)

terça-feira, 11 de dezembro de 2012

DO ARQUITETO AO ARQUITETO

Emanuel Galvão




“E quando eu for, e vos preparar lugar, virei outra vez, e vos levarei para mim mesmo para que onde eu estiver estejais vós também.” João 14:3



Eu te chamei Niemeyer
Porque “não é a linha reta, dura, inflexível
Criada pelo homem”
Que te atrai
Mas as linhas sinuosas
“Dos rios, das nuvens no céu, da mulher”
As linhas preferidas do meu Pai
As linhas que desafiam o impossível.

Eu te chamei Niemeyer
Porque também acredito
Que a imaginação não é inimiga da razão
Por isso é bendito
O que faz com coração.

Vem Niemeyer
Que o céu veste-se de um sorriso
E te espera com prancheta, compasso, grafite
Para reorganizar o paraíso
E reinventar o que lá já existe.

Vem Niemeyer
Cheio de desconfiança
Meu menino de 104 anos...
Que eu também sou arquiteto.
Vem para mim, minha criança
Pois estavas sempre no concreto
Dos meus etenos planos.

Vem Niemeyer
Que eu quero dar a eternidade
Um ar de modernidade.

Copyright © 2012 by Emanuel Galvão
All rights reserved.

3 comentários:

Unknown disse...

POESIA BRILHANTE DA LAVRA DO GRANDE POETA EMANUEL GALVÃO !!!

Valderez de Barros disse...

Uma bela e inspirada homenagem ao grande arquiteto das "linhas sinuosas", como bem o dizes.Parabéns, amigo, pelo brilhantismo dos teus versos!!!
Grande abraço!!!

Lys disse...

Caríssimo poeta,

A cada poesia um reconhecimento do quão és maravilhoso no uso da palavra.Parabéns pela bela poesia em homenagem ao grande arquiteto do século.