"Inapelavelmente, há que se valorizar a palavra, na sua mais elementar forma, como na essência da perfeição do seu significado. Revigorá-la é um imperativo. Com o júbilo da coragem e do amor.
A palavra emerge. Viva. Desentranhada dos pensares de quem faz poesia. (Cavalcanti Barros)

"A poesia é a música da alma e, sobretudo, de almas grandes e sentimentais". (Voltaire)

"A poesia está mais próxima da verdade vital do que a história". (Platão)

sábado, 5 de dezembro de 2009

Amanhecer



Tudo é silêncio. Dorme a madrugada,
Vem devagar o dia clareando,
Ainda há no céu, avermelhada,
A luz que, aos poucos, vai se apagando.

Lá longe, no infinito rompe a aurora,
Trazendo brilho ao instante derradeiro.
A vida refloresce em boa hora,
À luz do sol dourado, sobranceiro.

Acorda, meu amor, raiou o dia,
O sol clareia, cheio de alegria,
Embalado por flauta e por clarim.

O rouxinol gorjeia, alvissareiro,
E eu imagino: pelo mundo inteiro,
Quantos queriam um despertar assim!

Copyright 2009 by Arlene Miranda
All rights reserved.

3 comentários:

JAC disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
JAC disse...

Sinceramente, Arlene, eu gostaria de amanheceres assim. Por falta dessas coisas, minha fraca inspiração morreu por falência múltipla de idéias. Como curió na muda, nunca mais conseguir gorjear em versos.
Parabéns,
Zealberto

Arlene disse...

Zé, meu amigo, quem possui uma inspiração como você, não pode emudecer jamais. A inspiração às vezes se afasta, acometida por preguiça ou outra coisa qualquer, mas ao poeta ela nunca falta. Logo, logo, reaparecerá com toda força. Nós não podemos ficar privados de seus belos poemas. Volte a nos embevecer com suas poesias. estamos aguardando com ansiedade. Arlene.