"Inapelavelmente, há que se valorizar a palavra, na sua mais elementar forma, como na essência da perfeição do seu significado. Revigorá-la é um imperativo. Com o júbilo da coragem e do amor.
A palavra emerge. Viva. Desentranhada dos pensares de quem faz poesia. (Cavalcanti Barros)

"A poesia é a música da alma e, sobretudo, de almas grandes e sentimentais". (Voltaire)

"A poesia está mais próxima da verdade vital do que a história". (Platão)

quinta-feira, 25 de março de 2010

Ansiosa espera

Arlene Miranda


Chove forte, e a espera é só tristeza.
Já arrumadas as taças e o vinho,
A pobre vela continua acesa,
Sobre a toalha de tão puro linho.


As rosas perfumadas sobre a mesa,
De alguém que espera com carinho.
No coração palpita a incerteza,
Escutando o vinil tocar baixinho.


Dois guardanapos com perfeitas dobras,
Solitários, na mesa a esperar,
Quais delicadas e bonitas obras.


No abandono, o choro vem baixinho,
E o pobre ser se põe a lamentar:
– É muito triste se jantar sozinho!


Copyright © 2010 by Arlene Miranda
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