Arlene Miranda
Chove forte, e a espera é só tristeza.
Já arrumadas as taças e o vinho,
A pobre vela continua acesa,
Sobre a toalha de tão puro linho.
As rosas perfumadas sobre a mesa,
De alguém que espera com carinho.
No coração palpita a incerteza,
Escutando o vinil tocar baixinho.
Dois guardanapos com perfeitas dobras,
Solitários, na mesa a esperar,
Quais delicadas e bonitas obras.
No abandono, o choro vem baixinho,
E o pobre ser se põe a lamentar:
– É muito triste se jantar sozinho!
Copyright © 2010 by Arlene Miranda
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