"Inapelavelmente, há que se valorizar a palavra, na sua mais elementar forma, como na essência da perfeição do seu significado. Revigorá-la é um imperativo. Com o júbilo da coragem e do amor.
A palavra emerge. Viva. Desentranhada dos pensares de quem faz poesia. (Cavalcanti Barros)

"A poesia é a música da alma e, sobretudo, de almas grandes e sentimentais". (Voltaire)

"A poesia está mais próxima da verdade vital do que a história". (Platão)

segunda-feira, 1 de março de 2010

Finitude

José Alberto Costa




Qual velho moinho,
pás abertas ao vento,
meus pensamentos giram
ora velozes, ora tão lentos
que posso desembarcar deles
a qualquer momento,
como dos antigos bondes
da distante juventude.

.

Quando velozes,
entontecem-me,
turvam-me a visão,
perco-me no tempo,
caio num vazio sem luz,
sem referências,
caos,
finitude,
o nada...
.

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All rights reserved.

2 comentários:

Arlene disse...

Zé,
Que belo poema! Você se revelando, cada dia mais, um grande poeta. Parabéns! Arlene.

Valderez de Barros disse...

Meu querido amigo, quantas e quantas vezes me senti assim!!! Teus versos me emocionaram, pela beleza e sentimento neles contidos!!! Belíssimo poema, Zealberto!!!
Meu carinhoso abraço!!!