"Inapelavelmente, há que se valorizar a palavra, na sua mais elementar forma, como na essência da perfeição do seu significado. Revigorá-la é um imperativo. Com o júbilo da coragem e do amor.
A palavra emerge. Viva. Desentranhada dos pensares de quem faz poesia. (Cavalcanti Barros)

"A poesia é a música da alma e, sobretudo, de almas grandes e sentimentais". (Voltaire)

"A poesia está mais próxima da verdade vital do que a história". (Platão)

terça-feira, 23 de março de 2010

Se me deixares

Dydha Lyra




Não me deixes nunca, meu amor!
Sem ti, serei folha solta
ao sabor do vento outonal,
colorindo o chão desfolhado d’alma.
.
E o mar...
não será verde, nem azul,
apenas cinza, cinza...
Gaivotas tristes sobrevoarão sob a luz débil
do ocaso em que me encontro.
.
O que farei dos meus dias,
(sempre tão iguais),
se me deixares?
.
Por favor,
não me deixes nunca, meu amor!
.
Que direi aos meus olhos,
quando buscarem pouso
no vazio da esperança de voltares?
.
Minhas mãos, tão esquálidas e nervosas
no adeus, na despedida,
mostrarão que és tu,
minha amada,
minha querida,
a força de meus versos,
a razão de minha vida!

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