"Inapelavelmente, há que se valorizar a palavra, na sua mais elementar forma, como na essência da perfeição do seu significado. Revigorá-la é um imperativo. Com o júbilo da coragem e do amor.
A palavra emerge. Viva. Desentranhada dos pensares de quem faz poesia. (Cavalcanti Barros)

"A poesia é a música da alma e, sobretudo, de almas grandes e sentimentais". (Voltaire)

"A poesia está mais próxima da verdade vital do que a história". (Platão)

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Da janela

Dydha Lyra




Horas a fio, fico a olhar desta janela...
Vejo o céu, o mar,
vem a tarde, a noite e as estrelas,
e tu não chegas, meu amor!
Nem sinto teus passos
rentes ao manto negro da solidão
(que me agasalha).
Não,
não voltas,
nem trazes luar nas mãos.
Um vento frio gela minh’alma,
congela meu grito,
e teu nome, agora, petrifica-se
no eco ensurdecedor notívago,
alastrando-se em meus olhos
tristes e marejados,
(perdidos e inscientes de tua ausência).
Ah, só pela força de teus beijos e afagos,
ousaria sobreviver minha paixão!
E salvaria meus versos neste canto,
quiçá um lamento, talvez uma canção,
balada de um louco que ri,
que chora,
e, pouco a pouco,
preenche o vazio, a dor,
com a mais densa solidão.
E foi por anoitecer à espera,
que te vi melhor por entre estrelas,
mostrou-me, assim ,
o coração!


Copyright © 2011 by Dydha Lyra
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