"Inapelavelmente, há que se valorizar a palavra, na sua mais elementar forma, como na essência da perfeição do seu significado. Revigorá-la é um imperativo. Com o júbilo da coragem e do amor.
A palavra emerge. Viva. Desentranhada dos pensares de quem faz poesia. (Cavalcanti Barros)

"A poesia é a música da alma e, sobretudo, de almas grandes e sentimentais". (Voltaire)

"A poesia está mais próxima da verdade vital do que a história". (Platão)

segunda-feira, 30 de julho de 2012

Queixas ao mar

Arlene Miranda



Ao manso verde mar contei, chorando,
Minhas sentidas, comovidas mágoas.
Verti minha tristeza, soluçando,
Abraçada ao frescor de suas águas.

No silêncio da praia arenosa,
Que, pouco a pouco, se tornou serena,
Minha agonia eu revelei, chorosa,
Sob o doce luar de luz amena.

O mar ouviu-me as queixas, comovido,
De meu triste penar, compadecido,
No suave embalar de suas águas.

Com amargor, chorou as minhas penas,
Sob as ondas suaves e serenas,
E confortou com dó as minhas mágoas.

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2 comentários:

Lys disse...

Essa é a rainha dos sonetos.Mais uma beleza de inspiração para os seus seguidores.Lindo!

Arlene Miranda disse...

Obrigada, Lys, pelo seu comentário. Você tambem nos encanta com seus poemas. bjs.