"Inapelavelmente, há que se valorizar a palavra, na sua mais elementar forma, como na essência da perfeição do seu significado. Revigorá-la é um imperativo. Com o júbilo da coragem e do amor.
A palavra emerge. Viva. Desentranhada dos pensares de quem faz poesia. (Cavalcanti Barros)

"A poesia é a música da alma e, sobretudo, de almas grandes e sentimentais". (Voltaire)

"A poesia está mais próxima da verdade vital do que a história". (Platão)

quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

Brincando com Leminski

Lirismo é brincar de ver

Se ainda resta seiva

No bambu imperial.

.

Bem-me-quer, mal-me-quer

Não se tem mais estro ou gênio

Que é do cheiro de mulher?

.

A soma se pôs em vermelho

Não são as rugas que pesam

O que pesa é o espelho.

.

Marquei o meu pólo norte

Andei, sofri, lá cheguei,

Com fé, trabalho e sorte.

.

O céu tem muito lugar.

Para você ter um brilho,

Não precisa me apagar.


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Um comentário:

Arlene disse...

Seu tributo a Leminsky está um primor. Senti-o bem dentro do coração por tê-lo conhecido pessoalmente. Não digo que fomos amigos, mas fizemos bons contatos, embora ele fosse muito introspectivo. Mas como poeta foi incomparável. Parabéns, querida amiga, por esse belo poema!