"Inapelavelmente, há que se valorizar a palavra, na sua mais elementar forma, como na essência da perfeição do seu significado. Revigorá-la é um imperativo. Com o júbilo da coragem e do amor.
A palavra emerge. Viva. Desentranhada dos pensares de quem faz poesia. (Cavalcanti Barros)

"A poesia é a música da alma e, sobretudo, de almas grandes e sentimentais". (Voltaire)

"A poesia está mais próxima da verdade vital do que a história". (Platão)

sábado, 8 de agosto de 2009

Na solidão da noite

Na solidão da noite desbotada,

Espio os becos que o silêncio assusta.

Perdida, a deambular na madrugada,

Escuto o palpitar da alma augusta.

.

Oh, corpo solitário que transita

Por ruelas forradas de saudade.

No peito, a solidão serena habita,

Em busca da longínqua mocidade.

.

Vulto perdido nesse breve instante,

Vagueia como sombra rastejante,

Guarda no peito um amor que se abrasa...

.

Sereno, pelos becos salpicados,

De desejos que vibram exaltados,

Um doido coração explode em brasa.

Copyright © 2009 by Arlene Miranda
All rights reserved.

Nenhum comentário: