"Inapelavelmente, há que se valorizar a palavra, na sua mais elementar forma, como na essência da perfeição do seu significado. Revigorá-la é um imperativo. Com o júbilo da coragem e do amor.
A palavra emerge. Viva. Desentranhada dos pensares de quem faz poesia. (Cavalcanti Barros)

"A poesia é a música da alma e, sobretudo, de almas grandes e sentimentais". (Voltaire)

"A poesia está mais próxima da verdade vital do que a história". (Platão)

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Solidão a dois

Vejo-o dormindo a meu lado

Pertinho de mim e tão longe.

Que mundos visita,

Quando dorme, o meu amado?

Tomo o café da manhã

Ele lê o jornal, avidamente,

A notícia, o trabalho, o afã.

Sorri e sai apressadamente.

É meu, o meu amado?

Mas nossa união resiste

Ao tempo, à rotina, a tudo.

Pelo menos, nos fins-de-semana

Posso mostrá-lo aos outros

E, nos bailes, não fico sentada.

Danço e em seu abraço

Esqueço a dor e o embaraço

De ser só, mesmo acompanhada.

Copyright © 2009 By Aydete Vianna
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Um comentário:

Valderez de Barros disse...

Querida Aydete,
Quantas dúvidas e dores, numa relação onde a correria, muitas vezes, impede que o romantismo e o amor aflorem, dando-lhe um sentido verdadeiro.Li e reli, relembrando, emocionada, a mesma situação que vivi, e que a grande maioria dos casais também vive.
Belíssimo poema, amiga!!!
Um carinhoso abraço!!!
Dês.