"Inapelavelmente, há que se valorizar a palavra, na sua mais elementar forma, como na essência da perfeição do seu significado. Revigorá-la é um imperativo. Com o júbilo da coragem e do amor.
A palavra emerge. Viva. Desentranhada dos pensares de quem faz poesia. (Cavalcanti Barros)

"A poesia é a música da alma e, sobretudo, de almas grandes e sentimentais". (Voltaire)

"A poesia está mais próxima da verdade vital do que a história". (Platão)

domingo, 12 de junho de 2011

Beija-flor arisco

Dydha Lyra


De mim,
ficou um pouco em ti,
meu beija-flor arisco!
Ficou meu cheiro de homem
 na tua pele eriçada e em teu sexo úmido,
na escorredura de pólen orgástico,
a fremir sob o compasso digital,
 alternado de êxtase e arrebatamento íntimo
 consumado.

(E essas coisas não existem por aí, sem cumplicidade),
sem verdades, nos anseios
 de momentos avassaladores;
não existem, sem o silêncio das palavras mudas,
apenas escritas nos nossos olhos
molhados de desejos,
e ornados de sedução
por um querer arrebatador!
Ora, a razão e o coração questionam:
Foi amor?
Foi paixão?
Não sei...

De repente, fez-se, em mim,
um silêncio pleno,
invadido apenas pelas lembranças,
uma doce e irreversível ilusão de te querer...
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All rights reserved.

Um comentário:

Arlene disse...

Grande Dydha, imagine-me de pé, aplaudindo-o em meio a uma plateia superlotada. São aplausos calorosos a um dos maiores poetas alagoanos. Este seu "Beija-flor arisco" é um dos mais belos poemas que já li. Meu grande abraço de congratulações. Sua amiga e admiradora. Arlene.