"Inapelavelmente, há que se valorizar a palavra, na sua mais elementar forma, como na essência da perfeição do seu significado. Revigorá-la é um imperativo. Com o júbilo da coragem e do amor.
A palavra emerge. Viva. Desentranhada dos pensares de quem faz poesia. (Cavalcanti Barros)

"A poesia é a música da alma e, sobretudo, de almas grandes e sentimentais". (Voltaire)

"A poesia está mais próxima da verdade vital do que a história". (Platão)

quarta-feira, 8 de junho de 2011

Visão das águas

José Alberto Costa


Quando a chuva parou,
riachinhos correndo
ao longo da rua
alegraram o menino
que saiu ligeiro.
Mãos afundando na lama,
levantaram um paredão
domando as águas,
como na barragem
onde o pai trabalhava.

Um clarão intenso
alumiou a noite,
brilhando nas águas,
onde viu refletidas
a lua e as estrelas.
Olhando o céu,
só nuvens pesadas
anunciando chuva.
Na sua inocência,
coçando a carapinha,

ficou a pensar.

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2 comentários:

Valderez de Barros disse...

Ah, meu querido amigo, quantas lembranças despertaste em mim, com a imagem nítida dos meus irmãos, quando pequenos, fazendo barragens e colocando barquinhos de papel, para flutuarem.Além da imagem, a poesia com que compuseste esses versos, me emocionaram profundamente.Meu carinhoso abraço!!!

JAC disse...

Dez,
são lembranças que nos fazem bem e o seu comentário me fez muito mais. Muito obrigado, minha amiga,
Bjos.
Zealberto